terça-feira, 31 de julho de 2007

Céus


Daqui vejo dois tetos.

Nos dias de noites brancas,
o de fora entra e se deita.

Meus olhos miram a janela
à espera de uma estrela
que dantes iluminava-os.

Nas noites de dias negros,
enxergo a exatidão do vento.

Acima do meu céu de telhas,
paira, ao som de folhas, a lua,
inteira despida de nuvens...

iluminando, além da espinha de peixe,
olhos d'água.

Desenha comigo outra história, amor?

2 comentários:

Ellen Lapa disse...

sempre me surpreendendo... apesar de já ser esperado

william gomes disse...

Embora esse poema tenha um sentido real e único pro poeta, acabei brincando com minhas interpretações e acabei gostando dele.
Mas se quiser dividir esse real sentido, agradecerei(novamente).